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quinta-feira, 30 de março de 2017

Um exercício universitário: a grande arrancada da Aparecidense - Parte 2

No episódio anterior, o tema foi o início ruim da Aparecidense no Campeonato Goiano de 2017 (nos primeiros 4 jogos, 2 empates e 2 derrotas) e sua primeira vitória.

Sendo contra o CRAC, time que não tinha nenhuma vitória no Estadual, alguns poderiam acreditar que não passava de brilhareco.

Ainda mais porque o próximo adversário seria o Goiás, maior campeão do Estado e seu único representante em uma Libertadores, o que aconteceu em 2006, e que não tinha nenhuma derrota na competição. Data do jogo: segunda-feira, 20 de fevereiro.


Além disso, o jogo seria no estádio próprio do Verdão. No Hailé Pinheiro, mais conhecido como Serrinha, o Goiás mantinha um tabu de seis anos sem uma única derrota.

Jogo fácil, não é mesmo? Quando o apito do juiz fez PRIIIIII pela primeira vez, alguém poderia ter dito: "Vou caçar uns Pokémon lá perto do parque Vaca Brava. Volto na metade do primeiro tempo, uns 25 ou 30 minutos. Quando voltar, quero ver de quanto o Goiás vai estar vencendo."


"Voltei. Achei uns quatro ou cinco Ponytas. E, pra variar, nada do Pikachu. E aí, quantos gols já saíram? Nenhum? Como assim?"

É, ninguém falou que era fácil. Sim, a Aparecidense vinha mal no geral. Mas tinha um detalhe: não havia sofrido mais de dois gols em nenhuma partida. E suas duas derrotas foram por apenas um gol de diferença.

32 minutos da etapa inicial, bola na área do Goiás e é gol. É do Camaleão de Aparecida de Goiânia. Klécio é o nome dele!

Olha aí!

Mas ainda tinha mais jogo. Mais primeiro tempo.

E, aos 41 minutos, PRIIII!! Pênalti para o Goiás!

"Pronto! Olha a Aparecidense começando a cair na real!"

O atacante Léo Gamalho ajeita a bola na marca da cal.

É ele contra o goleiro Pedro Henrique. O árbitro vai autorizar. Apitou. Está autorizado. Correu, bateu e

ERROOOOOOU!!

Sim, o camisa 9 do Esmeraldino mandou por cima do gol de Pedro Henrique. Aí doeu!

O jogo vai para o intervalo com vitória parcial da Aparecidense. O torcedor do Goiás não pode acreditar. "Me belisquem! Isto só pode ser um pesadelo!"

PRIIIIII! Começa o segundo tempo.

E, aos cinco minutos, é gol! É do Goiás! É de Tiago Luís!

"É, alegria de pobre dura pouco."

Devagar aí. Um gol continua sendo apenas um gol. O placar ainda está em aberto. É melhor não relaxar e ir com tudo em busca da virada.

A virada não sai.

Até que, já na metade da etapa final de jogo, Klécio, o autor do gol do time azul, vai bater uma falta.

E é gol! Goooooool!! É da Aparecidense! Ele de novo!

Pouco depois, Léo Gamalho tem a chance de se redimir do pênalti perdido. Recebe a sobra na área adversária, de frente para o gol. Mas seu chute para no travessão.

O time verde criou várias chances depois disso. Mas o gol não chegava nem perto de sair.

PRIIIIII. Fim de jogo. Fim do tabu de seis anos do Goiás sem perder na Serrinha. Fim da invencibilidade esmeraldina no campeonato.

E o time de Aparecida segue sonhando. Agora é o vice-líder do grupo, a apenas dois pontos do primeiro colocado Atlético.

Quem é que entende esse tal de futebol?

Os gols aqui!

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