Como sabemos, as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 já estão em andamento.
Por ora, bola rolando mesmo, só aqui na América do Sul. Após duas rodadas, Brasilzão em primeiro, empatado com a campeã Argentina. Segue o líder!
No entanto, outras zonas continentais já definiram o caminho para o Mundial. Aquelas que têm mais seleções, sabe? Que estão na casa das 40 ou 50 filiadas. Por isso, para encurtar o caminho, esses times dividem-se em chaves.
E, para tal, você sabe: temos o nosso querido sorteio.
O primeiro continente a fazê-lo foi Mama África. Para ser preciso, em 13 de julho deste ano.
As 54 seleções são divididas em 9 grupos de 6. Enfrentam-se em dois turnos, dentro das chaves. O primeiro de cada grupo vai direto à Copa. Já os 4 melhores segundos disputam o playoff, valendo vaga na repescagem intercontinental.
O sorteio da Confederação Africana de Futebol (CAF) gerou dois confrontos que trazem curiosidades. Só com seleções que nunca estiveram no Mundial.
Veremos quais são elas e o que têm de curioso. Passageiros do Tem Bola na Tuba, embarque imediato nessa viagem além do óbvio.
Mantenham o cinto de segurança afivelado, a poltrona na posição vertical e a mesinha de refeições fechada e travada. Tripulação, decolagem autorizada.
A viagem curiosa vai começar!
Grupo B: Sudão x Sudão do Sul
Pra começar, caçula em foco. O Sudão do Sul é o mais novo país independente do mundo. Separou-se do resto do Sudão em 2011.
E aconteceu. O sorteio colocou frente a frente os dois países que já foram um só.
Mas por que existem hoje dois Sudões? Questões culturais, entre outras, foram decisivas na separação do Sul.
Neste vídeo, o canal Vogalizando a História explica tudo que precisamos saber.
Será que lá eles também dizem: "o Sul é meu país"? Bom, lá deu certo, né.
E mais um dado curioso: antes desse desmembramento, o Sudão era o maior país da África em território. Perdeu o posto para a Argélia.
No grupo B, também estão: Senegal, República Democrática do Congo, Togo e Mauritânia.
Grupo E: Zâmbia x Tanzânia
Todos conhecemos o velho ritual antes dos jogos de seleções: a execução dos hinos nacionais. Certo?
Se encontrar uma forma de assistir ao confronto entre Zâmbia e Tanzânia, haverá algo na hora desse ritual que você poderá estranhar.
No caso, a mesma melodia tocará duas vezes.
Mas não fique pensando: "o hino da Zâmbia já foi, agora não seria o da Tanzânia?", ou vice-versa.
Sim, meus amigos. Os dois hinos têm realmente a mesma sequência de notas.
Ouça-os. Com letra, né. Pra ficar claro que a melodia é igual, mas cada um é um.
Este é o da Zâmbia.
E este, o da Tanzânia.
Percebeu? Melodia igualzinha. Cuspido e escarrado.
Aliás, lembre-se: o correto é esculpido em Carrara. Em mármore de Carrara.
Mas voltemos ao ponto principal: por que esses hinos são tão parecidos?
É uma longa história. Para resumir, vamos dizer apenas que a melodia foi extraída de "Nkosi sikelel' iAfrika" (Deus abençoe a África, na língua xhosa), uma canção que se tornou um hino pela independência dos países africanos.
A África do Sul é o país do autor, Enoch Sontonga. E também adotou a melodia nas primeiras estrofes de seu hino, depois do fim do apartheid.
Zimbábue e Namíbia também seguiram o padrão musical, mas mudaram seus hinos pouco depois. Cinco hinos semelhantes já seria demais, né.
E é isso aí.
São dois confrontos pra lá de alternativos. Os dois envolvem só países que nunca foram à Copa.
É bem provável que você não conheça nenhum jogador dessas seleções. Mas garanto que não verá esses jogos da mesma forma depois de ler este post.
As eliminatórias da CAF começam em novembro. O Tem Bola na Tuba informará a você se teremos uma forma rápida, fácil e gratuita de acompanhar as partidas.
Vamos ficar de olho.
